22 de março de 2011

1. Introdução




Ser PJ é ter ousadia, utopia, ser protagonista da vida, da luta.

Ser PJ é ter o coração verde da esperança que não morre, vermelho dos mártires.

É ter o coração de todas as cores, do mundo, das raças, e da alegria de viver.

Ser PJ é marchar firmemente contra a violência. Marchar pela vida. Minha e tua.

Ser PJ é acreditar num homem e mulher diferente, que faz o hoje e promove a PAZ.

Ser PJ é construir o Reino com mãos jovens. É reconhecer na diversidade um cântico a Deus.

É defender nossas bandeiras, nosso jeito. Defender nossos mártires, nossa identidade.

Meu coração é PJotero. Ele pulsa em sintonia. No grito, na saudade e alegria.

Pulsa na certeza de um outro mundo possível.



Estamos conseguindo formar lideranças, promover transformações na vida dos jovens, dinamizar nossos grupos e capacitar pessoas para serviços maiores nas comunidades. Estas são nossas grandes e valiosas conquistas com o trabalho árduo e bem feito de todos nós. Porém, precisamos avançar, e, nesse ponto, entram três tópicos fundamentais sobre os quais devemos nos debruçar e que surgiram em nossas discussões e foram aprovados na Ampliada de Oliveira, realizada em novembro de 2010: MISSÃO, ESPIRITUALIDADE E POLÍTICA-SOCIAL.

Diante desses tópicos queremos enxergar os locais que mais precisam de nós. Onde estarão os leprosos, prostitutas, cobradores de impostos, adúlteras e pecadores dos dias de hoje? Estas pessoas, como Jesus fez, são aquelas que precisam urgente de sua palavra que hoje é levada por nós.

Uma das maneiras de realizarmos isso é através da formação de grupos de base. Mas temos que entender e discutir que formar grupos não basta! Não adianta fazer um grupo numa realidade e deixar caminhar sozinho. Nossas ações devem ser de ir ao encontro dessas realidades, ou seja, estar junto, viver junto, conhecer junto. Em geral, os jovens das realidades mais difíceis e marginais se auto excluem não por terem má índole, ou má vontade, mas porque a própria estrutura já é excludente para com eles e isso é quase um sentimento de defesa. Nos nossos próprios grupos vemos como jovens de bairros ou classes menos favorecidas se sentem assim e acabam deixando o convívio por se sentirem excluídos. Mesmo que nós não tenhamos feito nada para excluir, nós temos que fazer algo para INCLUIR. Jesus diz: "Chega, venha pra cá, vem para o meio" (Mc 3, 3). Em termos mais pejoteiros seria dizer: "Por isso vem, entra na roda com a gente...". Percebam que ninguém entra na roda sozinho, nós temos que chamar ou ir à roda deles.

A nossa conjuntura eclesial faz com que na maioria das cidades o centro da vivência de igreja se faça nos templos centrais, no salão "nobre" paroquial, nas casas grandes dos centros, nas avenidas principais, nos coretos, nas praças, nos "palácios" paroquiais. Deste modo, e, por diversos motivos como faltam padres, recursos e estrutura, nossa igreja se distancia das periferias e naturalmente nossa vivência de pastoral por essa própria conjuntura não nasce no seio das comunidades, mas no seio eclesial que é distante de muitas realidades. Esse se torna, portanto, um desafio fundamental: sair das sacristias, salões e templos e enxergar a comunidade com olhar menos paroquial e mais humano. Esses desafios são comuns a todos nós e devem ser enfrentados.

Para que tudo isso aconteça, queremos valorizar nossas conquistas anteriores, nos organizamos de maneira que o jovem seja ator de sua própria transformação e da realidade a sua volta, promover atividades que colaborem para esses objetivos, fazer comunhão com aqueles de trilham as mesmas lutas, nos empenhando para que nossas prioridades e pistas possam contribuir para o conjunto da evangelização na Diocese de Oliveira. No fundo, marchamos e gritamos pela vida da juventude.
2. Caminho percorrido 2006 a 2010




Depois de todo um processo iniciado no final de 2006, tempo de luta e empenho, desejamos parar e peneirar; voltar nosso olhar novamente para a realidade juvenil e escutar novamente os clamores do Senhor.

Foi esse olhar atento e a comunhão com tantos jovens e parceiros que nos fez traçar metas e nos converter no jeito de fazer e agir. Em cima dos quatro eixos avaliados abaixo nos movimentamos em direção de uma realidade juvenil e construímos um sonho, um projeto.



I) Eixo de formação



Com o amadurecimento dos encontros, CDL, EI, EDA e EFAE em nível diocesano, conseguimos estabelecer uma linha de formação.

A consciência do trabalho integral das cinco dimensões da formação cresceu. Conseguimos avançar um pouco na formação humana afetiva, tão deficitária. Ainda faltam-nos mais pessoas capacitadas.

Criamos a equipe de encontro que se baseia no treinamento de novas lideranças ao preparar os monitores e os encontros.

Novas lideranças foram surgindo. Depois de um início com muitas dificuldades e poucos agentes, conseguimos acertar uma metodologia que nos ajudasse a abrir espaço para uma Igreja Jovem. Com grande esforço conseguimos localizar e captar lideranças.

As foranias começaram cada vez mais a serem espaço de formação. Em algumas delas vai se constituindo também encontros de formação.

Nas paróquias e grupos, a metodologia usada proporciona o surgimento de novos coordenadores já iniciados na dinâmica da PJ. Encontros paroquiais articulados pelos grupos também estão proporcionando momentos formativos.

Um grande passo foi a participação de nossos jovens e assessores em encontros do Regional Leste 2. Isso serviu para fortalecermos os nossos passos e ganhar mais força em nosso jeito de trabalhar.

Conseguimos que nossos grupos utilizassem melhor os recursos disponíveis para a formação. A Bíblia está bem no centro da formação, dinamizada de maneira jovem. Outros tipos de material foram divulgados e adquiridos: Ofício Divino da Juventude, na Trilha dos Grupos de jovens, Dinâmicas para a vida em grupos (Tardes de formação)... Também a utilização da internet como meio de procura de material e formação cresceu. Quase não se houve mais aquela velha fala: “não temos materiais”.

Utilizamos ainda no Documento da CNBB (evangelização da juventude) como pano de fundo de nossa formação e atividades.

Também foram revalorizadas as atividades permanentes da PJ como momentos importantes da formação. Assim como as temáticas da Campanha da Fraternidade. Assim mesmo, precisamos avançar ainda mais na distribuição e estudo dos materiais produzidos.

Por fim, além do trabalho na formação de coordenadores jovens, crescemos muito em relação à formação de assessores. O número cresceu. Em algumas paróquias aconteceu um despertar e valorização desses agentes.



II) Eixo de ação



Ação é o que não falta a nossa juventude. Ela se caracteriza de maneira imediata na preparação e realização de eventos: encontros, viagens, shows, liturgia. Ainda precisamos avançar no campo social e missionário. Mas percebemos em algumas paróquias atividades nesse sentido: visitas a entidades assistenciais, campanhas para arrecadação de donativos, visita a câmara de vereadores, etc.

Conseguimos algumas mobilizações em torno da semana da cidadania. Em algumas paróquias foram realizadas marchas e mobilizações diversas. Nesses momentos e em outros aconteceram atividades também relacionadas a Campanha Nacional Contra Violência e Extermínio de Jovens. Ainda precisamos nos organizar para uma mobilização mais efetiva dessa campanha. Estamos ao poucos concluindo que uma grande via de ação concreta em nossa realidade será o empenho para que nas cidades de nossa diocese o Conselho Municipal de Juventude esteja estruturado e acompanhado.

A realização do 1º JOIDI (Jogos Olímpicos da Integração Diocesana) foi um grande passo. Fortaleceu a integração, nos fez realizar parcerias e valorizar a dimensão do lazer.

A preparação do DNJ e sua realização constituem o grande centro de nossas atividades. Acertamos a opção metodológica para a escolha da sede, preparação e realização do mesmo.

Ponto fundamental dessa avaliação é o fato de termos conseguido lidar com a grande rotatividade dos membros. O que era um problema complicado em 2007, passou a ser visto com mais naturalidade. Não que estamos segurando o jovem no grupo. Ele continua vindo e indo. Mas agora acertamos a metodologia para lidar com isso. Um despertar constante garante o processo.

Nesse ponto, uma das questões ainda não totalmente resolvidas é o financeiro. Aprendemos a lidar com isso e vamos dando um jeitinho. As taxas dos encontros têm nos ajudado através do que sobra da realização dos encontros.



III) Eixo de espiritualidade



Nesse ponto, a realização E.F.A.E. (Encontro de Formação Afetivo Espiritual) tem se constituído o grande centro de formação e vivência diocesana de nossos jovens.

Avançamos na divulgação e utilização do Ofício Divino da Juventude.

A Bíblia e sua leitura orante começam a ganhar linguagem em nossos encontros e eventos.

Buscamos garantir que pelo menos em todos os eventos a celebração da Missa acontecesse. Em alguns encontros, como no E.I., procuramos vivenciar de forma mais dinâmica e participativa a missa catequética. Muitos grupos estão envolvidos, pelo menos uma vez por mês, na equipe de liturgia.

Sentimos ainda a falta de momentos mais fortes de espiritualidade para os jovens através de momentos de retiro. Apesar de em algumas paróquias houve o despertar para tal, eis ainda um grande desafio.

Outro elemento que desejamos aprofundar é o jeito missionário de nossos grupos. Já alguns grupos despertam para esse sair de si e ir ao encontro do outro. Ainda existem muitas comunidades, rurais e periferias, onde poderiam existir atividades. Mas a preocupação primeira de nossos grupos ainda se concentra na sobrivivência de seu grupo.



IV) Eixo de articulação



Desde 2007 estamos em busca de um modelo de organização diocesana, que seja afetivo (presença calorosa na vida dos grupos), efetivo (presença que dá suporte e segurança aos grupos) e tenha a flexibilidade que a vida e realidade dos jovens de hoje exige.

Optamos primeiramente em criar uma equipe de curso. Ela funcionou de 2007 a 2008. Esta organizou os encontros diocesanos e foi fonte de referência. Nesse sentido, a secretaria estava ligada aos encontros.

Depois concretizamos aos poucos o sonho de uma equipe de assessoria.

Em 2009 iniciamos trabalhos de rearticulação das foranias. O projeto consta que em cada uma delas tenha um coordenador. Estes são também os coordenadores diocesanos.

Até então, a equipe de assessoria amarrava as pontas da articulação entre os quatro coordenadores. Mas e o protagonismo juvenil? Afinal de contas, quem representa a PJ junta a outros organismos? Como devolver o verdadeiro lugar à assessoria? Ou seja, seu papel de provocadora e parceira das atividades? Por isso, a partir desse ano, começamos um processo de maior desenvolvimento da secretaria. O jovem ocupante desse cargo tem como função fazer a articulação entre os coordenadores forânicos, grupos e demais membros da equipe.

Conseguimos também um espaço, modesto e pequeno é verdade, mas que nos ajuda muito, pois podemos concentrar todo nosso material nele, facilitando a logística de nossos trabalhos. A sala da PJ foi, além do seu valor no trabalho de articulação, um reconhecimento de nossos trabalhos e um gesto de carinho da Diocese de Oliveira para com a PJ.

Podemos dizer que nossa maneira de organização e deliberação mudou e foi bem flexível ao longo dos anos. Agora estamos em busca de um modelo que atenda às necessidades desse novo tempo. O Projeto PJ iniciado em 2007 foi sendo elaborado de maneira artesanal e prática. Não podemos perder esse caminho. Mas também, precisamos valorizar mais o protagonismo juvenil e a força dos grupos nas decisões. Não queremos negar o papel e tradição das assembléias diocesanas. Em algum outro momento podemos até planejar uma. Mas vimos que podemos adotar um outro sistema de decisão mais prático e participativo: o sistema de Ampliada.

Crescemos muito na comunicação e acompanhamento. Isso se percebe pelo site, blogs, e-mails, textos e reflexões produzidas.

Fortalecemos nossa ligação com o regional. Temos um representante que também é tesoureiro e em no final de 2009 nosso assessor padre foi convocado a prestar assessoria nas PJs do regional.

Também começamos a abrir espaço para o trabalho conjunto com outras pastorais e serviços. Exemplo: Oficinas de Oração e Vida. Um grande diálogo, às vezes tenso, às vezes tranqüilo se travou com o EJC e EAC.

Também a articulação com o clero, podemos dizer que se não é perfeita, melhorou. Temos apoio da maioria dos padres. Um fato concreto é confiança adquirida no trabalho com a liberação de recursos financeiros para a participação nos encontros e realização de atividades pelos grupos.

Beneficiamos-nos muito com a presença e atuação de seminaristas em nossas atividades. Temos certeza que sua ajuda é sempre benéfica, mas que também contribuímos com sua formação.



V) Fechando para abrir...



Ultimamente temos feito a revisão de todo esse caminho percorrido. Enfrentamos várias diversidades: clericalismo, falta de recursos, de capacitação, a realidade juvenil “flutuante”, a falta de confiança e a desconfiança em relação a PJ; enfim, foram muitos.

Mas decidimos enveredar pelas trilhas apaixonantes desse trabalho. Investimos para isso tempo e todos os recursos que tínhamos. A oração foi ponto importante: pedindo ao Senhor da Messe que enviasse operários. E o pouco e simples se multiplicou.

Através de pesquisas, conversas, estudos, procuramos entender melhor o rosto dos jovens com quem estávamos trabalhando. Aos poucos fomos percebendo oportunidades, lacunas e desafios de nosso trabalho. Decidimos apostar em nosso sonho e fazer com que o trabalho fincasse raízes: despertar em todos, o olhar e abertura de coração para a juventude.

Nesse tempo também revisitamos a nossa história e procuramos aprender com os nossos pioneiros e desbravadores. Muitos deles nos ajudaram com sua assessoria nas atividades ou oportunos conselhos em momentos de decisão. Procuramos também resgatar alguns importantes indicativos do trabalho realizado ao longo dos 25 anos de história.

Criamos também o “Diário da PJ” onde são relatadas todas as atividades dos grupos, foranias e diocese. Ele é fonte de avaliação e lugar de fazermos memória das flores colhidas. Chegamos a nos identificar com a nossa bandeira, símbolo na nossa missão e comunhão.

Hoje temos muitos protagonistas-operários. Os jovens conquistaram seu espaço e respeito dentro da maioria das comunidades. O número de grupos cresceu e são pontos a brilhar para muitos outros jovens que ainda estão caminhando sem direção.

Enfim, nos organizamos e suamos a camisa para colher os frutos. Mas também soubemos aproveitar oportunidades e recursos. Como bons surfistas, ficamos com olhar atento para sabermos a hora certa de pegar a melhor onda e, de carona, chegar onde nos propomos.

Para chegar até aqui, tivemos que abrir mão da vaidade e, como diz o nosso Bispo, “descer do cupim”. A humildade nos leva a reconhecer que nem tudo foram flores, nem tudo deu certo e um longo caminho nos espera. Mas sabemos que entre ânimos e desânimos o Senhor nos alimenta e nos motiva a voltar sempre à luta depois de passarmos pela experiência de sua brisa refrescante e impulsionadora. E Maria, a jovem mulher da esperança, a Senhora de Oliveira foi parceira e inspiradora nesse caminho.
3. Nossa Organização




Vendo a necessidade de ampliarmos o espaço do protagonismo juvenil, pensamos numa secretaria que articulasse as demandas diocesanas (não só os encontros), fosse referência para a PJ na diocese e estivesse vinculada a organização das foranias e provocasse a comunicação e diálogo.

Pensando desse modo, o modelo que se vai desenhando ficaria assim:







3.1 Explicação detalhada



I) Coordenação diocesana



1) Coordenadores diocesanos

Cada paróquia indica jovens para fazer parte da coordenação forânica. Esta por sua vez, indica um jovem para fazer parte da coordenação diocesana. Como são quatro foranias, a coordenação diocesana será composta por 4 jovens. Estes devem ter acima de 18 anos e permanecerão por dois anos. Juntamente com os assessores devem acompanhar os grupos de base e demais atividades, pensar e articular os trabalhos da PJ na diocese.

2) Secretaria diocesana

Missão: cuidar da guarda e conservação de material de secretaria da PJ, responsável pela comunicação e representação diocesana, manter diário e cadastro de lideranças da PJ na diocese atualizados. A seguir uma explicação mais detalhada desses pontos:

a) Cuidar da guarda e conservação de material de secretaria da PJ

Como temos agora um lugar em Oliveira (casa Bom Pastor), seria bom que a secretária, quando pudesse desse uma organizada e limpeza no local. A responsabilidade pode ser repassada a outra pessoa em comum acordo, desde que fique atenta ao material, ver o que precisa para os encontros da parte de secretaria, etc.

b) Comunicação

Além de enviar as cartas para os encontros, a secretária deve ficar sempre em contato com os coordenadores forânicos e demais equipe. Enviar e-mails lembrando encontros e reuniões. Provocar discussões na lista da equipe diocesana.

c) Representação diocesana

Na lista de contatos das pastorais emitida todo ano pela diocese aparece o nome da secretária. Por isso, é fundamental que ela esteja atenta a todos os caminhos e projetos da PJ para dar informações quando solicitada. Cabe também a secretária representar a PJ no Conselho Diocesano de Pastoral (CDP). No caso, essa missão pode ser encaminhada pela vice.

d) Manter diário e atas atualizados

Nossa história é nosso tesouro. Por isso, manter o arquivo organizado, registrar todos os fatos e atividades de nossos grupos é de fundamental importância. Então é missão da secretária colher as informações emitidas pelos grupos e registrá-las no livro diário. Nas reuniões da coordenação rascunhar a ata e passá-la para o livro diário.

e) Cadastro de lideranças da PJ na diocese

Um passo a ser dado é o catálogo de todos os grupos da PJ na diocese com seus respectivos coordenadores. Manter também uma lista de contatos com lideranças jovens de todas as paróquias e grupos.

f) Secretariar os encontros diocesanos

Por fim, nos eventos diocesanos, preparar material necessário (cópias, crachás, recibos, etc.).



II) Equipe de suporte



1) Vice secretária:

Faz o papel da secretária na sua falta e auxiliar no que for necessário. Atualmente tem representado a PJ no Conselho Diocesano de Pastoral.

2) Tesouraria

Receber taxas nos encontros, cuidar do livro caixa e prestação de contas, pagar contas.

3) Equipe de externa

Responsável pelas compras de material para eventos e encontros, providenciar cozinheiras e guarda da chave nos encontros de formação.

4) Equipe de manutenção do site:

Manter atualizado e funcionando o site da PJ.

5) Equipe ampliada

Para as reuniões a equipe diocesana pode chamar mais alguns jovens ou até mesmo adultos e representantes de outros seguimentos, somente para a reunião ampliada, para fortalecer as decisões e encaminhamentos.

6) Equipe de monitores

São jovens (e oportunamente adultos) que, tendo passado pelo processo inicial de formação nos grupos e participado de encontros diocesanos (Iniciantes, CDL, EFAE, EDA e outros) são convidados a integrar o quadro daqueles que dinamizam os encontros da PJ na diocese. Estes são convocados segundo as necessidades de cada ano e de cada encontro.



III) Equipe de Assessores diocesanos da PJ



É constituída pelo assessor diocesano e por uma equipe que pode ser formada por jovens e adultos. A função dessa equipe é acompanhar, propor e avaliar os trabalhos da PJ na diocese.



Toda essa organização não terá sentido se não for para o acompanhamento aos grupos de base. É por causa deles que ela existe. Como sempre insistimos tudo começa no grupo. Na Pastoral da Juventude, o grupo é o elemento fundamental, a base de tudo.
4. Nossas atividades




As atividades realizadas pela PJ na Diocese de Oliveira têm dois direcionamentos. O primeiro é dos encontros de formação, eventos e reuniões. Aqui é onde realizamos nossos momentos formativos, de manifestação e organização. No segundo, acolhemos os direcionamentos emanados pelas PJs a nível nacional e buscamos estudar e concretizar o caminho oferecido pelas atividades permanentes.



4.1 Encontros de formação, eventos e reuniões



I) E.I. (Encontro de iniciantes)



Objetivos: Colaborar para que o jovem possa tomar consciência das 5 dimensões da PJ, construindo um projeto de vida que possa ser integral, levando em consideração os diversos aspectos da vida. Abrir caminho para uma adesão mais consciente a Jesus Cristo – o Humano inteiro e integrado - na Igreja comunhão e participação. Evangelizar o jovem por meio dos próprios jovens, exercitando o protagonismo.

Promover envolvimento participativo; Perceber a formação como processo; momento de encontro e espaço para novas amizades.



II) C.D.L. (Curso de dinâmicas para líderes)



Trata-se de um curso que pode ser facilmente reproduzido em vários lugares ao mesmo tempo. Sem uma proposta desta natureza corremos o risco de ver nosso projeto pastoral reduzido a um pequeno grupo de iniciados, que desanimam diante de outros grupos com propostas alienadas e alienantes, mas que atingem um grande número de pessoas.

Este estilo de curso tem a vantagem de colocar o leigo como protagonista do processo de evangelização. Quando se trata de jovens, esta estratégia pastoral exerce muita influência. Um jovem bem preparado, falando para outro jovem tem uma força especial. Provoca a reflexão: “Se ele, que também é jovem, pode abraçar a proposta de Jesus Cristo com tanta convicção e competência, por que eu não posso?”

Uma das vantagens do curso está na facilidade da execução: não requer muitos recursos humanos nem financeiros.

Outro ponto de destaque é o método de aprendizagem. Utiliza-se um aprender fazendo, de aprender pela experiência. Trata-se de um método muito mais eficaz do que o método exclusivamente teórico. As palestras são complementadas por uma prática concreta e as pessoas podem aprender por meio de um processo de erro e acerto e contar com a orientação de alguém mais experiente. É assim que uma pessoa aprende uma profissão. Pois, não se forma um cirurgião ou um eletricista somente com teoria. É assim que aprendemos as habilidades de liderança necessárias para responder com competência ao chamado de Jesus: “vá e evangelize todos os povos”.



III) E.D.A. (Encontro Diocesano de Assessores)



Objetivos: Ver e avaliar a realidade da juventude e o trabalho pastoral realizado; procurar luzes junto à Palavra de Deus, no magistério e orientações da Igreja e discernir critérios e motivações para a evangelização da juventude; discutir pistas de ação e metas concretas; despertar e formar assessores que acompanhem e sustentem o serviço do anúncio da Boa Nova aos jovens.



IV) E.F.A.E. (Encontro de Formação Afetiva Espiritual)



Objetivos: trabalhar temas como: auto-conhecimento, auto-estima, afetividade, sexualidade, o sentido da vida, Espiritualidade, a centralidade da pessoa de Jesus em nossa vida; oferecer uma reflexão arejada para a vivência e uma interioridade e personalidade mais integrada; reflexão sobre uma vivência cristã de uma sexualidade humana e cristã; Experimentar e desenvolver uma espiritualidade que possa sustentar um projeto de vida cristão em meio a uma realidade fragmentada, vivenciando no dia-a-dia o sabor do encontro e anúncio de Jesus Cristo.



V) J.O.I.D.I. (Jogos Olímpicos da Integração Diocesana)



A principal idéia é proporcionar a toda a juventude diocesana participante de grupos de jovens, uma forma de entretenimento e integração. Jovens que fizeram e fazem parte de grupos de jovens se confraternizam através da motivação da prática de esportes.



VI) Reunião da equipe diocesana



A equipe diocesana (coordenadores, secretária, assessores e equipe de suporte) se reúne para avaliar e encaminhar demandas na concretização do projeto. Também para perceber caminhada comum e se organizar melhor.



VII) Reunião ampliada



A equipe diocesana se reúne e conta com a presença da equipe ampliada (jovens e assessores convidados a fazer parte desse momento) e equipe de coordenadores dos encontros para avaliar, organizar e deliberar caminhos para a PJ na diocese.



4.2 Atividades permanentes da PJ



I) Semana da cidadania



A história da Semana da Cidadania, marcada por atividades que defendem a vida dos adolescentes e jovens. Nasceu em 1995 e é coordenada pelas Pastorais da Juventude do Brasil. Esse evento nos convida darmos sentido à nossa existência construindo uma sociedade com os sinais do Reino. É parte de um processo dos grupos organizados que desejam ir ao encontro dos outros jovens para anunciar a vida para todos e vida em abundância Toda luta nasce do desejo de fazer algo. Nossa tarefa de pastoralista, de cuidadores da vida, de gente que acredita que a missão é o anúncio da vida, ou seja, a mudança de uma situação de morte para uma situação de vida. Teremos que partir daí. Provocar os jovens a fazer a experiência do caminho. Acreditar no impossível, frente à morte, anunciar a ressurreição e a vida nova.



II) Semana do estudante



A Semana do Estudante, que acontece em agosto, próximo ao dia do estudante, é coordenada pela Pastoral da Juventude Estudantil (PJE). A Semana do Estudante é um exercício ousado de cidadania. Ela se propõe a trabalhar a partir do protagonismo estudantil, para que o jovem estudante assuma o compromisso de construir a educação e a sociedade que tanto quer e sonha a partir de seu chão, que é a escola. Acontece desde o ano de 2003.



III) D.N.J. (Dia Nacional da Juventude)



Ë um dia comemorativo e celebrativo da juventude brasileira. Por iniciativa da Igreja católica, é celebrado em outubro desde 1986. Em todas as dioceses do Brasil há diferentes formas de programação e atividades. Durante a preparação e na realização do evento são desenvolvidas diversas programações, trabalhando a evangelização da juventude e seu envolvimento com a sociedade. Há sempre a preocupação social, educativa, cultural e evangelizadora. Acontece sempre no último domingo de outubro e, em nossa diocese, a cada ano é escolhida uma paróquia para sediar esse evento.
5. Nossos parceiros




Estes serviços têm sua autonomia, linha e organização própria. Mas apesar de sua autonomia, a PJ faz parceria e comunhão com seus trabalhos.



I) EJC (Encontro de Jovens com Cristo)



É um serviço de Igreja em favor da evangelização dos jovens que procuram respostas para suas dúvidas, abrindo pistas para que eles encontrem a si mesmo, com a família e principalmente com Cristo. Quer também abrir o jovem para a vivência grupal e comunitária, ajudando-o a ser fermento na massa e lutando para a constituição de uma nova sociedade, dando-lhe sustentáculo para a escolha de sua vocação e profissão.

É um serviço ligado a Pastoral da Juventude, apoiado pelo ECC, que procura despertar o jovem para a vida de fé através de um encontro de três dias e de uma formação integral, processual e continuada.







II) EAC (Encontro de Adolescentes com Cristo)



Tem por finalidade principal evangelizar, dando ao adolescente os princípios básicos do Cristianismo, criando-lhe um sentimento religioso e fraterno, procurando melhorar o seu relacionamento com a sociedade e principalmente com seus pais.



III) Grupo de evangelização juvenil juntos pela paz



É um serviço evangelizador da linha Encontro com Cristo, que tem como propósito servir engajar os jovens dentro de sua cidade, comunidades, zonas rurais etc. Atuando de forma relevante e contextualizada na Igreja. É um movimento companheiro de caminhada que leva Cristo aos jovens e procura identificar com suas necessidades, propõe soluções e compartilha experiências já vividas.

Esse grupo organizou e dinamizou o encontro querigmático de nucleação Experimentai Deus. Já foi realizado em várias comunidades no intuído de despertar jovens para a vivência grupal.
6. Nossas prioridades e pistas de ação




A Pastoral da Juventude busca “despertar jovens para a pessoa e a proposta de Jesus Cristo e desenvolver com eles um processo global de formação a partir da fé para formar líderes capacitados a atuarem na própria PJ, em outros ministérios da Igreja e em seu meio específico, comprometidos com a libertação integral do homem e da sociedade, levando uma vida de comunhão e participação”.

Na Diocese de Oliveira, a Pastoral da Juventude tem como prioridade despertar, acompanhar e articular grupos; ter abertura e buscar articular-se para o trabalho conjunto com outras pastorais, movimentos, associações e serviços; promover a formação bíblica que alimente o projeto de vida, o engajamento comunitário, missionário e social.



6.1 Pistas de ação



I) Eixo de formação



1) Possibilitar o entrosamento e o treinamento de lideranças jovens através da participação em encontros - EFAE (Encontro de Formação Afetiva Espiritual), CDL (Curso de Dinâmicas para Líderes) e EI (Encontro para Iniciantes) - e do exercício de monitoramento na preparação dos encontros e sua realização;

2) Valorizar o grupo de base como elemento pedagógico fundamental de formação;

3) Fortalecer o caminho de formação ao longo do ano para os grupos de base, através dos temas da Campanha da Fraternidade, semana da cidadania, semana do estudante, DNJ e outras temáticas, possibilitando uma formação integral (humano afetiva, comunitária, mística, de conscientização e metodológica);

4) Valorizar e fomentar encontros de formação paroquiais e forâneos;

5) Capacitar e formar novos assessores através dos trabalhos nas paróquias e do EDA (Encontro Diocesano de Assessores).



II) Eixo de Ação



1) Acompanhar e fortalecer os grupos de base já existentes e promover surgimento de outros em comunidades, escolas (PJE), bairros e paróquias.

2) Valorizar e incentivar o trabalho de grupos missionários indo ao encontro de outras juventudes;

3) Promover o Encontro “Experimentai Deus” como momento de despertar grupos nas paróquias e comunidades onde não existem;

4) Incentivar gestos concretos nas paróquias por ocasião da Campanha da Fraternidade, da Semana da Cidadania, da Semana do Estudante e do DNJ;

5) Valorizar os eventos de massa tais como shows com bandas católicas, encontros, caminhadas, via sacras, teatros e comemorações dos santos;

6) Valorizar e dar mais visibilidade às iniciativas sociais e culturais já existentes nas paróquias,

7) Valorizar os campeonatos esportivos como momentos de integração dos grupos.

8) Pensar projeto financeiro para a sustentação dos trabalhos;

9) Conhecer, viabilizar a implantação e acompanhar os Conselhos Municipais de Juventude;



III) Eixo de espiritualidade



1) Trabalhar elementos de espiritualidade através da utilização do Ofício Divino da Juventude;

2) Promover retiros e encontros para a formação bíblica e a leitura orante da Palavra de Deus;

3) Promover a formação litúrgica para os jovens engajados nos grupos;

4) Dinamizar a espiritualidade missionária e de comunhão;

5) Realizar parceria com as Oficinas de Oração e vida.



IV) Eixo de articulação



1) Manter a participação de nossa diocese no Regional Leste 2;

2) Divulgar e implementar campanhas e projetos da PJ nacional e regional;

3) Ampliar a articulação e o acompanhamento das foranias;

4) Dialogar e atuar de forma conjunta com os movimentos (MCC, RCC e outros) e serviços (EJC, EAC e outros) destinados aos jovens;

5) Buscar parceria com a Pastoral da Crisma, colaborando nos seus trabalhos e abrindo portas para daí nuclear novos grupos;

6) Promover a integração com a Pastoral Vocacional, colaborando no trabalho de discernimento vocacional e no projeto de vida dos jovens;

7) Continuar contando com o apoio de seminaristas, colaborando com sua formação;

8) Valorizar o site, blogs e outros meios (panfletos, jornais) como espaço de comunicação e divulgação dos trabalhos: www.pjdeoliveira.com.
7. No final... Apenas o início.




A partir da realidade e da caminhada feita, depois de avaliações e deliberações optamos por trabalhar durante os três primeiro anos do projeto os aspectos da Missão, espiritualidade e social.

Em 2011 o foco se dará na missão, tópico que trabalha o lugar do pejoteiro em sua caminhada e o faz descobrir seu lugar e desafios dentro do processo. Buscaremos valorizar a dinâmica missionária iniciada pelo grupo Justos Pela Paz (parceiro da PJ), através dos encontros de despertar e nucleação. Também com a valorização de outros grupos que iniciarão o trabalho. A missionariedade também estará presente na forma de articulação dos grupos, sempre procurando atingir outros espaços e comunidades de suas paróquias e na ajuda concreta de uma paróquia a outra. Também queremos vivenciar de maneira forte a semana do estudante onde desejamos ir ao encontro dos jovens estudantes através de missão na escola.

Para 2012 a espiritualidade será trabalhada e se intensificará os trabalhos de oração e descoberta da identidade espiritual da PJ, além de trabalhar a vivência da fé e o sentido da mesma. Durante esse ano, a dinâmica da espiritualidade será aprofundada através da oportunidade de retiros para jovens, parceria mais sólida com Oficinas de Oração e Vida, encontro específico para utilização do Ofício Divino da Juventude e utilização do método de leitura orante. Além de nos embrenharmos na riqueza de nossa liturgia.

Em 2013 o social será a nossa tônica. Será o tema que irá fortalecer a ação da PJ dentro da sociedade como força a favor dos jovens, além de implementar trabalhos de solidariedade, libertação e lutas como a reivindicação dos Conselhos Municipais de Juventude. Queremos já ter formado algumas pessoas para serem multiplicadores no acompanhamento aos Conselhos municipais de juventude, mapeado nossas ações concretas e dado maior visibilidade a elas. Também atuando conjuntamente com as pastorais sociais da diocese e, quem sabe realizar momento de manifestação comum de forma diocesana. Por fim, nesse aspecto, sonhamos que a Campanha contra violência e extermínio de jovens seja uma realidade na diocese e grupos.

Para 2014 iniciaremos nossas avaliações e veremos como o nosso projeto de vida poderá enriquecer-se ainda mais depois de todo esse caminho. Será hora de ver onde acertamos e erramos e onde o Senhor nos chama a agir diferente. Pois queremos sempre em todo esse caminho manter os olhos atentos na sua Palavra que se manifesta a nós de maneira forte na vida do jovem.

Finalmente, em 2015 desejamos celebrar o caminho feito. Além do mais serão 30 anos de história. Será hora de tomarmos fôlego e marcharmos em outras lutas.

Todos esses eixos não serão trabalhados de maneira estanque, mas de forma transversal. De modo que a divisão em anos e ordem nos servem de caminho metodológico e reflexivo.