22 de março de 2011

1. Introdução




Ser PJ é ter ousadia, utopia, ser protagonista da vida, da luta.

Ser PJ é ter o coração verde da esperança que não morre, vermelho dos mártires.

É ter o coração de todas as cores, do mundo, das raças, e da alegria de viver.

Ser PJ é marchar firmemente contra a violência. Marchar pela vida. Minha e tua.

Ser PJ é acreditar num homem e mulher diferente, que faz o hoje e promove a PAZ.

Ser PJ é construir o Reino com mãos jovens. É reconhecer na diversidade um cântico a Deus.

É defender nossas bandeiras, nosso jeito. Defender nossos mártires, nossa identidade.

Meu coração é PJotero. Ele pulsa em sintonia. No grito, na saudade e alegria.

Pulsa na certeza de um outro mundo possível.



Estamos conseguindo formar lideranças, promover transformações na vida dos jovens, dinamizar nossos grupos e capacitar pessoas para serviços maiores nas comunidades. Estas são nossas grandes e valiosas conquistas com o trabalho árduo e bem feito de todos nós. Porém, precisamos avançar, e, nesse ponto, entram três tópicos fundamentais sobre os quais devemos nos debruçar e que surgiram em nossas discussões e foram aprovados na Ampliada de Oliveira, realizada em novembro de 2010: MISSÃO, ESPIRITUALIDADE E POLÍTICA-SOCIAL.

Diante desses tópicos queremos enxergar os locais que mais precisam de nós. Onde estarão os leprosos, prostitutas, cobradores de impostos, adúlteras e pecadores dos dias de hoje? Estas pessoas, como Jesus fez, são aquelas que precisam urgente de sua palavra que hoje é levada por nós.

Uma das maneiras de realizarmos isso é através da formação de grupos de base. Mas temos que entender e discutir que formar grupos não basta! Não adianta fazer um grupo numa realidade e deixar caminhar sozinho. Nossas ações devem ser de ir ao encontro dessas realidades, ou seja, estar junto, viver junto, conhecer junto. Em geral, os jovens das realidades mais difíceis e marginais se auto excluem não por terem má índole, ou má vontade, mas porque a própria estrutura já é excludente para com eles e isso é quase um sentimento de defesa. Nos nossos próprios grupos vemos como jovens de bairros ou classes menos favorecidas se sentem assim e acabam deixando o convívio por se sentirem excluídos. Mesmo que nós não tenhamos feito nada para excluir, nós temos que fazer algo para INCLUIR. Jesus diz: "Chega, venha pra cá, vem para o meio" (Mc 3, 3). Em termos mais pejoteiros seria dizer: "Por isso vem, entra na roda com a gente...". Percebam que ninguém entra na roda sozinho, nós temos que chamar ou ir à roda deles.

A nossa conjuntura eclesial faz com que na maioria das cidades o centro da vivência de igreja se faça nos templos centrais, no salão "nobre" paroquial, nas casas grandes dos centros, nas avenidas principais, nos coretos, nas praças, nos "palácios" paroquiais. Deste modo, e, por diversos motivos como faltam padres, recursos e estrutura, nossa igreja se distancia das periferias e naturalmente nossa vivência de pastoral por essa própria conjuntura não nasce no seio das comunidades, mas no seio eclesial que é distante de muitas realidades. Esse se torna, portanto, um desafio fundamental: sair das sacristias, salões e templos e enxergar a comunidade com olhar menos paroquial e mais humano. Esses desafios são comuns a todos nós e devem ser enfrentados.

Para que tudo isso aconteça, queremos valorizar nossas conquistas anteriores, nos organizamos de maneira que o jovem seja ator de sua própria transformação e da realidade a sua volta, promover atividades que colaborem para esses objetivos, fazer comunhão com aqueles de trilham as mesmas lutas, nos empenhando para que nossas prioridades e pistas possam contribuir para o conjunto da evangelização na Diocese de Oliveira. No fundo, marchamos e gritamos pela vida da juventude.

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